sábado, 5 de novembro de 2011

Nem sei...

Estou de malas prontas
dentro de mim tem um caminho sem fim
bom, nunca gostei de despedidas nem de coisas conclusas, pessoas vou deixando pelo caminho, animais seguem comigo
Levo uma mala bem grande prá carregar sentimentos de todos os tipos: vou escolher um lugar no caminho, próximo a um Baobá, para enterrar os muito ruíns e os restantes servirão de alimento, a viagem será demorada
Há muito tempo não me lanço no vazio que existe dentro de mim, confesso sentir um prazer todo especial em fazer isso beirando os cinquenta anos.
Que me chamem de louca, cheia de mim... Do que quiserem, nunca fui essa boa menina que aceita as coisas como são, porque são, preciso me revisitar
Os outros que sejam como quiserem, nunca me disseram muito
Não vou aceitar viver aqui nesse paraíso de grandes possibilidades na margem, como em uma praia, com medo de me lançar ao mar.
E se lá, em alto-mar a morte me encontrar será mais uma viagem prá encarar...
Agora que eu já estou de malas prontas!
Vou levar também meu trabalho, o que estudei e meu olhar: esse com poucas esperanças de enxergar novidades.

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