Se
eu tivesse podido dermevalnear a vida,
ela teria sido mais simples,
meu casamento teria durado “ até que a morte nos
separasse”.
Eu teria tido
muitos filhos e muitos netos!
As reuniões em família teriam sido barulhentas e
alegres.
Se
eu tivesse podido dermevalnear a vida,
eu teria muitos amigos e jogaria com eles dominó na
praça,
eu contaria piadas e anedotas e todos ririam comigo.
Eu teria amado mais as crianças e respeitado mais as
mulheres,
eu teria ajudado mais que pedido ajuda;
Se
eu tivesse podido dermevalnear a vida,
Eu teria tido sempre uma palavra de carinho e alívio para
as dores dos outros,
eu teria compreendido mais os bêbados em suas chatices.
Eu teria sido mais companheira,
eu teria distribuído toques mais suaves;
Se
eu tivesse podido dermevalnear a vida,
Eu teria amado muito mais cada membro da minha
família, sem distinção...
E os vizinhos, os colegas de trabalho.
Eu teria apreciado cada minuto ao lado do meu amado,
jogando cartas ou fazendo amor!
Eu teria ciúmes e a cada ausência do objeto do meu
afeto eu perguntaria de tempo em tempo: cadê?
Se
eu tivesse podido dermevalnear a vida,
eu teria
falado calma e mansamente e mesmo assim teria sido respeitada,
eu teria rido de coisas bobas, as crianças e os
anjos teriam rido comigo.
Eu teria saído pelas manhãs para comprar temperos e
teria voltado à tarde e mesmo repreendida,
ainda responderia com sorrisos,
aí eu sairia para comprar pão e só retornaria depois
de beijar todos os netos, afetos.
Se
eu tivesse podido dermevalnear a vida,
Eu não estaria chorando agora,
Porque eu teria morrido segurando as mãos do meu
amado, tendo espasmos de gozo eternos...