terça-feira, 15 de junho de 2010

Talvez seja

Não quero ouvir a razão, calem-se os amigos,
Quero ouvir os inimigos do meu coração.
Não quero pensar e nem tão pouco lembrar experiências vividas, quero mergulhar... E se eu não souber nadar?!

- Amar é uma grande idiotice!

Quero me apaixonar por um amor sem noção da real vontade da razão, afinal prá quê razão? Quando o bicho pega, a gente perde o chão e vai de encontro ao paredão e a razão não nos ampara nunca, aponta o dedo e diz: Eu bem que avisei! Mas o que eu faço se quando ele sorri... Tudo é tão perfeito, parece que eu nasci só prá olhar para aqueles olhos e dentes e pular no seu pescoço e nas pontas dos pés, beijar os lábios mais macios do mundo e pior, desejando que o mundo acabe ali, naquele instante.

- Amar é uma grande idiotice!

E quando ele me toca, o mundo inteirinho roda, é tanta excitação, não me interessa comer e nem beber, só me interessa o cheiro dele, o gosto dele, o prazer dele, nem o meu prazer importa...

- Concorda comigo que o amor é uma grande idiotice?

E quando o ciúme se instala, perde-se a calma, aí então é que se atropela a razão, o sublime vira objeto, amar e sentir ciúme, sentir ciúme ou amar qual será a maior idiotice?

E quando tudo isso acabar, com certeza vou chorar, ouvir Vander Lee e me recriminar... É sempre assim, tudo tão especial, tão diferente e tão clichê. E amar continuará sendo sempre, prá mim, uma grande idiotice.

Mas nos braços do meu amor, tão especial,
“ que é mais que pensei, é mais que eu sonhava, é mais do que eu esperava. Sou feliz, agora...” Depois com certeza vou me sentir uma grande idiota! Depois...

15.06.10

Rita de Cássia

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